Sexta publicação da série "A História Local e o Meu Lugar na História" traz a história da comunidade do Vinte e Um. Pesquisa desenvolvida Rafaela Lopes Rocha e Júlio Rodrigues da Rocha, estudantes do terceiro ano do ensino médio da Escola Municipal Marcílio Teixeira.
Rafaela Lopes
Rocha
Júlio Rodrigues da Rocha
A comunidade do Vinte e Um está situada na região do
Salgado, Manoel Vitorino, Bahia. Segundo alguns relatos, os primeiros habitantes foram Jovina Cascais e Henrique Cascais, estes vieram morar na região no início do século XX.
Há duas versões sobre a origem do nome Vinte e Um, todas
relacionadas ao riacho que atravessa a comunidade. A primeira versão diz que o
nome é por conta de o riacho ter vinte e uma voltas (curvas) no perímetro que
compreende a comunidade. A segunda versão relaciona a origem do nome Vinte e
Uma, número de pedras que eram usadas para ajudar os moradores a atravessar o
riacho que ficava alagado no período de chuvas.
Imagem 1:
Cartografia representando a comunidade do 21, Manoel Vitorino, Bahia.
Foto: arquivo do estágio/Rafaela Rocha e Julio Rocha, 2018. |
A comunidade tem várias atividades culturais, destacamos
aqui a festa do Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da comunidade, comemorado
todos os anos no mês de junho. Também no mês de junho tem as tradicionais
festas juninas, com muita fogueira e a quadrilha. A festa de Santo Reis, onde
os foliões conhecidos como reizeiros que saem de casa em casa cantando e mantendo
a tradição durante os primeiros seis dias do mês de janeiro. Além destas
destacamos as cavalgadas de final de ano, todas essas atividades culturais vão
passando de geração a geração e se transformando em tradição.
Por outro lado, na comunidade também vem se perdendo
várias atividades culturais, como por exemplo, os forrós que os moradores
faziam nas casas, conhecidas também conhecido como bailes, tinha as cantigas de
roda, atualmente as crianças não brincam mais. Não tem mais as rezas a “Cosme e
Damião”.
Nesse percurso, vários acontecimentos marcaram a história
da comunidade, em conversa com moradores eles relataram que aproximadamente
vinte e cinco anos atrás um eclipse solar deixou o céu todo escuro, os
moradores ficaram com medo do mundo acabar. Há trinta e cinco anos aconteceu
uma tempestade com ventos fortes, onde arvores caíram, cercas quebraram etc.
A associação de moradores também foi um marco importante,
com ela a comunidade teve acesso a projetos como cisternas, poço artesiano.
Mais recentemente a comunidade foi contemplada com um projeto de extrativismo
do coco licuri, palmeira comum na comunidade, nesse projeto as amêndoas do
coco, anteriormente sem uso, serão aproveitadas para extrair o óleo, fazer cocadas,
ração animal etc., aumentando assim a renda das famílias envolvidas. A
associação, nesse sentido, proporcionou que a comunidade tivesse mais
autonomia, conhecimento e formado parcerias com instituições que vem
contribuído para o desenvolvimento de todas pessoas envolvidas, principalmente
os pequenos agricultores.
Nesse período histórico a comunidade teve várias
conquistas como podemos destacar a energia elétrica no ano de 2006. Mais
recentemente o acesso a internet que proporcionou aos moradores o acesso a um
mundo de informação e facilitou a comunicação com pessoas de fora da
comunidade. Outra conquista que ajudou a comunidade foi operação carro pipa que
coloca água para todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário