quarta-feira, 17 de maio de 2017

UNIDADE DE PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA: LEGUMINOSAS

              Nas últimas décadas há um interesse crescente pelas questões ambientais como sustentabilidade, produção de alimentos saudáveis, com responsabilidade ambiental, etc. Essas questões têm contribuído para o desenvolvimento de uma nova agricultura com menos agressão ao meio ambiente. Nessa perspectiva apresentamos aqui um relato de experiência das atividades desenvolvidas pela Unidade de Produção Agroecológica Leguminosas (UPA leguminosas), em uma área experimental de 2 hectares na região de clima semiárido no bioma caatinga localizada no povoado das Duas Irmãs, município de Manoel Vitorino-Bahia.
                                       Consorcio entre Palma e Andu
          O projeto Laboratório Vivo busca potencializar ações formativas e de pesquisas sobre desenvolvimento de tecnologias de produção agroecológicas associados aos conceitos de soberania alimentar e tecnologias sociais. Baseado nos princípios da agricultura sintrópica,  que segundo Ernst Gotsch (1997), o objetivo é criar mais vida, mais fertilidade no solo, um sistema mais próspero.
                                   Fase I do projeto - Solo descoberto e sem matéria orgânica.  
      Tem como objetivo desenvolver técnicas de recuperação de solos degradados, produção de alimentos e ração animal, baseando-se na agricultura sintrópica, através da introdução de leguminosas arbóreas e espécies nativas para produção de biomassa. 
       Para o desenvolvimento da atividade foi feito uma breve leitura do ambiente, em conjunto com o agricultor, a partir das condições gerais do bioma. Após o diagnóstico iniciou-se o processo de introdução de biomassa, construção de um sistema de irrigação simples e por fim, a escolha das espécies a serem cultivadas no sistema. 
Fase II – Início da introdução de biomassa e plantio das primeiras espécies
 Fase III – Cultivo de algumas variedades .
           O projeto vem apresentando resultados positivos na produção de biomassa, tendo a poda das espécies arbóreas nativas como a principal fonte de matéria orgânica, além de contribuir na fertilidade do solo, diminuição dos processos de erosão e aumento da resiliência do agroecossistema.
      Em suma, o projeto vem contribuindo para a modificação positiva do ambiente, otimizando os processos de vida e promovendo a recuperação tanto da biodiversidade e a produção de alimentos orgânicos.

José Francisco Souza, Silvino Macedo e Jeames Gomes

REFERÊNCIA
GÖTSCH, Ernst. Homem e Natureza: Cultura na Agricultura. Recife, 2ª ed. Centro Sabiá. Setembro de 1997. Disponível em: <http://www.agrisustentavel.com/doc/ebooks/natureza.pdf.> Acesso em: 28 de março de 2017.   

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