quarta-feira, 17 de maio de 2017

Escola Municipal Marcílio Teixeira em um relato de experiência

  Relato de experiência na Escola Municipal Marcílio Teixeira, no povoado Salgado, no município de Manoel Vitorino, Bahia.


A Escola Municipal Marcílio Teixeira é uma instituição que recebe em sua grande maioria filhos de agricultores, localizada na Comunidade do Salgado, na zona rural do município de Manoel Vitorino, à 26 (vinte e seis) km de distância da sede do referido município, do Território de Identidade Médio Rio das Contas. Os sujeitos da pesquisa foram os professores municipais, ou seja, 04 (quatro) docentes e 01 diretores da escola. O período de realização da pesquisa em campo aconteceu entre os dias 03 de julho e 23 de agosto do ano em curso. A escola disponibilizou os seguintes documentos: Projeto Político Pedagógico-PPP, planos de curso, matriz curricular, livros didáticos, bem como permitiu o registro fotográfico durante a observação direta.
Em suma este relato de experiência foi importante para termos uma maior aproximação com a escola. Os objetivos deste trabalho foram compreender os vários níveis de organização e gestão da escola, portanto, esta pesquisa além da escola também abrange a comunidade e formação cultural dos sujeitos.
Foto 1: Área externa da Escola Municipal Marcilio Teixeira.
Foto: Maria Rogaciana

         CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

O município de Manoel Vitorino

O município de Manoel Vitorino, localizado no Sudoeste do Estado da Bahia, Território de Identidade Médio Rio das Contas, conforme sinalizado anteriormente, a cidade tem sua origem ligada a um ponto de parada dos tropeiros que transportavam mercadorias no século XIX, no sentido Norte<>Sul, para Jequié, Boa Nova, Maracás etc. Entre os anos de 1815 a 1820, dois sertanejos vindos de outras regiões, Manoel Roque e sua companheira de jornada Maria procuravam um lugar para morar em meio a caatinga do nosso sertão, e resolveram acampar próximos a uma Cachoeira conhecida como pancada, construindo ali o seu rancho em meio à abundante vegetação seca e despida de folhagens. Manoel Roque e a sua esposa passou a morar definitivamente nesta região, a partir de então formou-se o povoado de Cachoeira de Manoel Roque, contudo com a chegada de novas famílias o pequeno povoado foi elevado à categoria de vila, passando a se chamar Imbuíra que significa Imbu doce na língua Tupi Guarani. Entre o final do século XIX e início do século XX, o comércio se desenvolveu. Em 1942, iniciou-se a construção da BR116, o que muito contribuiu para o desenvolvimento da vila, que no dia 30 de julho 1962 a então vila foi desmembrada do município de Boa Nova – BA e elevada à condição de município alterando a denominação de Imbuíra para Manoel Vitorino, homenagem ao grande homem público Dr. Manoel Vitorino Pereira, que foi vice-presidente da República no mandato de Prudente de Morais, e Presidente da República (interino) por quase quatro meses e também exerceu o cargo de Governador da Bahia nos anos de 1989/1890. Hoje o município tem um distrito, e um subdistrito que é o Salgado, que será palco desta pesquisa.

Comunidade do Salgado

A comunidade do Salgado teve origem por volta dos anos 1930 ligada a atividades pecuárias, mais exatamente na figura de dois vaqueiros o senhor Gervino Correia e Marcilio Teixeira que compraram as terras do coronel Pedro Afonso que detinha grande parte das terras da região e passaram a morar no lugar. Na década de 1980 Marcilio Teixeira que possuía um pequeno comércio e detinha certa influência política nesta época, conseguiu junto com outros moradores influenciar a prefeitura a criar uma escola, junto com a escola também foi criada uma pequena feira livre onde mascates, agricultores e negociantes da época iam comercializar e vender suas mercadorias. Com a construção do espaço da feira o local passou a ser requisitado e o número de moradores aumentou, posteriormente o povoado passou a ser um núcleo comercial e educacional entre as comunidades vizinhas.
A comunidade do Salgado tem grande diversidade na sua formação cultural e nas condições socioeconômicas, há pardos, negros, brancos e a cultura assim como a sua formação étnica é diversificada, há movimentos ligados a cultura negra como os candomblés, carurus etc. ligados à cultura sertaneja, as rezas de ladainhas, adjutório, cantoria de reis, etc. Toda a população do Salgado e das comunidades vizinhas tem uma relação intrínseca com o campo e a agricultura, isso reflete também nos alunos da Escola Municipal Marcilio Teixeira.

A Escola Municipal Marcílio Teixeira.

A Escola Municipal Marcilio Teixeira foi criada no ano de 1982 e é uma escola pública da rede municipal, está situada no distrito do Salgado a 26 Km a sudoeste da sede do município de Manoel Vitorino-BA. A instituição traz esse nome em homenagem a Marcilio Teixeira um dos fundadores do povoado e que teve grande influência na fundação da escola, que durante um grande período funcionava em um cômodo da sua própria casa que fora cedido por ele.
 Nos anos 90, construíram uma pequena escola com um único pavimento com 04 (quatro) salas de aula, esta foi uma conquista para os moradores da comunidade do Salgado que a partir de então serviu de base educacional local. No primeiro momento, a escola ofertava só até a 4ª série (Séries iniciais – Ensino Fundamental). A partir de 2001, após ampliação e reformas, expandiu-se o nível de ensino até a 8ª serie. Mais recentemente, no ano de 2005, a escola teve uma grande reforma, construíram várias outras salas sobre um segundo pavimento que fora construído e a partir de então passou a oferecer também o ensino médio, assim também se tornou um núcleo educacional entre as comunidades vizinhas.
Atualmente a escola oferece os níveis de ensino de 6º ano ao 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano ao 3º ano do Ensino Médio - na modalidade Formação Geral. Abaixo o quadro traz os dados da organização da escolaridade quanto a oferta e turno de funcionamento.

QUADRO 1- Organização da escolaridade quanto à oferta e turno de funcionamento.

 ENSINO FUNDAMENTAL
(ANOS FINAIS)   
ENSINO MÉDIO
6º ANO – MATUTINO
1º ANO A – MATUTINO
7º ANO A – MATUTINO
2º ANO A – MATUTINO
7ª SÉRIE A – MATUTINO
1º ANO B – VESPERTINO
8ª SÉRIE A – MATUTINO
2º ANO B – VESPERTINO
6º ANO B – VESPERTINO
3º ANO B – VESPERTINO
7º ANO B – VESPERTINO

7ª SÉRIE B – VESPERTINO

8ª SÉRIE A – VESPERTINO



Fonte: Dados obtidos na secretaria da Escola Municipal Marcilio Teixeira, 2016.
O público atendido pela escola é da zona rural, a maioria vem de regiões localizadas em um raio de aproximadamente 16 Km da instituição, o deslocamento dos alunos até a escola é feito por ônibus, de algumas comunidades leva até 30 minutos para chegar a escola, situação que agrava nos períodos chuvosos, onde muitas vezes as estradas ficam intransitáveis. Outros eventos que provocam “evasão temporária” além do período chuvoso, e que os estudantes ajudam os pais na plantação e colheita e o período de sequeiro onde muitos ajudam na alimentação dos animais da propriedade, entretanto a escola não oferece uma flexibilização ou adaptação dos períodos letivos para dar condições a estes alunos a continuarem estudando.
No que tange ao quadro de profissionais a escola tem: 01 diretora, 01 vice-diretor, 01 coordenador pedagógico, 01 secretário escolar, 02 porteiros, 06 serventes e 21 professores. Os professores são licenciados em Matemática, Química, Biologia, Letras, Língua estrangeira (Inglês), História, Pedagogia e Geografia com vínculo empregatício efetivo na rede municipal de educação. A maioria dos professores moram na sede do município acerca de 24 km de distância e alguns que residem em Jequié. O município não oferece residência para esses professores ficando assim sob responsabilidade das mesmas pela sua residência, transporte e alimentação. O Gráfico abaixo destaca a qualificação do corpo docente da escola, a nível de graduação.

Gráfico 1 -  professores e sua área de formação, Escola Municipal Marcílio Teixeira, 2016.
Fonte: Dados obtidos na secretaria da Escola Municipal Marcilio Teixeira, 2016.


Do ponto de vista quantitativo de alunos os dados do censo escolar de 2015 apontam que a escola estava com 536 alunos matriculados, atualmente a escola está com 292 alunos ativos. A principal razão para a redução de alunos, segundo informação da direção e o grande número de evasão, influenciados principalmente pela migração dos jovens da localidade para os grandes centros em busca de trabalho ou com os pais nas atividades agrícolas da família, ainda outro fato que influenciou a redução do número de alunos foi o fim da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que era oferecido na escola até o ano de 2015.

Quadro 2 - Números de matrícula na EMMT em 2015.
Ensino Fundamental (Anos finais)
281
Ensino Médio
143
Educação de Jovens e Adultos            (Ensino Médio)
112

TOTAL
536       

Quadro 3 – Quantidade de alunos matriculados por séries 2016.
Matriculas EF (Anos finais)
Matriculas EM
Série
Quantidade
Série
Quantidade
6º ano           
49
1º ano           
80
7º ano           
80
2º ano           
42
8º ano           
76
3º ano           
21
9º ano           
76



  TOTAL
281
TOTAL
143

Considerando esses números e fazendo um contraponto com o grande número de evasão e diminuição de alunos, percebe-se a necessidade de discutir com mais afinco esta questão na sala de aula e com a comunidade e buscar novas metodologias para conscientizar os estudantes sobre a importância da educação.

Estrutura física da escola

No que se refere a estrutura física a escola está dividida em dois andares com nove salas de aula (veja Foto 1), oito tem aproximadamente 36 m² e uma sala menor de aproximadamente 24 m², possui uma quadra poliesportiva em perfeitas condições de uso, por outro lado a sala de coordenação pedagógica é adaptada, área para recreio é a mesma utilizada por feirantes localizada na área externa da escola, detalhes no Quadro 1.

Quadro 4- Infraestrutura física da escola e condições de funcionamento.
Dependências
Quantidade
Condições de uso
Observação
Diretoria
01
Em uso
Ótimo estado de funcionamento
Secretária
01
Em uso
Funciona na mesma sala da diretoria
Sala de professores
01
Em uso
Espaço pequeno
Sala de coordenação pedagógica
01
Em uso
Espaço adaptado
Sala de orientação educacional
Não possui
-------
----------------
Sala de leitura ou biblioteca
01
Precário
----------------
Sala de TV e vídeo
Não possui
-------
----------------
Sala de informática
Não possui
-------
----------------
Sala de ciências/laboratório
Não possui
-------
----------------
Auditório
Não possui
-------
----------------
Salas de aula
08
Em uso
Em bom estado
Almoxarifado
Não possui

-----------------
Depósito de material de limpeza
01
Em uso
-----------------
Despensa           
01
Em uso
-----------------
Refeitório
Não possui


Área para recreio coberto
01
Precário
Área utilizada por feirantes
Área para recreio ar livre
01
Precário
Praça do Povoado
Quadra de esportes descobertas
01
Em uso
Bom estado
Quadra de esporte coberta
Não possui
---------------
-------------------
Área de circulação interna
01
Em uso
Espaço pequeno: corredores.
A escola tem muros?
Não
-------------
-----------------
Cozinha
01
Em uso
Espaço pequeno
Área de serviço
01
Em uso
Espaço pequeno
Sanitário para funcionários
01
Em uso
Bo estado
Sanitário para alunos
04
Em uso: masculino e feminino
02 deles em mau funcionamento
Vestiário dos alunos
Não possui
----------
-------------
Fonte: Dados obtidos na secretaria da Escola Municipal Marcilio Teixeira, 2016.

Sobre a estrutura e acessibilidade aos pavilhões, o andar térreo tem uma boa acessibilidade as salas de aula, entretanto nos demais compartimentos não é adaptado principalmente para as pessoas portadoras de deficiência motora. O andar superior não tem rampa, nem elevador de acesso, tornando assim quase inacessível para cadeirantes, também não há nenhuma sinalização que auxilie deficientes visuais   para locomoção no interior da escola. Vale ressaltar que a lei 10,098, de 19 de dezembro de 2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade reduzida. No capítulo IV, artigo 11 e 12, ressaltando que o artigo 12 fala que:
Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros de natureza similar deverão dispor de espaços reservados para pessoas que utilizam cadeira de rodas, e de lugares específicos para pessoas com deficiência auditiva e visual, inclusive acompanhante, de acordo com a ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, circulação e comunicação (BRASIL).
Diante disso pode-se confirmar que embora exista legislação que trate dos aspectos técnicos de implantação de acesso em ambientes públicos escolares, os usuários com qualquer deficiência, muitas vezes enfrenta dificuldades para fazerem usos desses espaços.   
No que se refere à demanda de salas de aula a quantidade é suficiente para o número de alunos matriculados na escola, estas são bem iluminadas, arejadas, bonitas, espaçosas, a maioria permite a organização do mobiliário de acordo com o desenvolvimento dos trabalhos e atividades em grupo.

Quadro 5: Materiais didáticos, mobília e equipamentos eletrônicos da escola.
Objetos
Condições de uso
Livros
Todos os alunos possuem em quantidade suficiente
Brinquedos
Destinado às atividades dos alunos das séries iniciais
Mapas
Sim
Globo terrestre
01 (um)
TV
01 (uma TV Pendrive somente).
Aparelho de DVD
Não possui.
Aparelho de som
01 (um) danificado
Datashow (Projetor)
01 (um).
Retroprojetor
Não possui
Mimeógrafo
Não possui
Armários
05 (cinco)
Piso
Cerâmica
Pintura
Sim
Ventilação
Sim
Decoração
Não
Condicionador de ar
02 (dois)
Carteiras
255 (duzentos e cinquenta e cinco)
Mesas
09 (nove)
Cadeiras de professor
09 (nove)
Quadro branco
09 (nove)
Computadores
03 (três)
Fonte:  Dados obtidos na secretaria da Escola Municipal Marcilio Teixeira, 2016.

 A escola é conectada à internet, disponível na sala da Direção e Secretaria, entretanto, é lenta e só é disponibilizada aos alunos como fonte de pesquisa, mas não acessível fora dos espaços indicados.
No que se refere ao ambiente escolar observou-se que a escola possui várias lixeiras espalhadas nas áreas internas, salas de aula, pátio e corredores. Notamos também que a escola possui um pequeno jardim com plantas e flores na área externa, entretanto o espaço é reduzido. A escola não possui espaço para atividades agrícolas, pois não existe pátio e não há condições para instalações de canteiros, hortas etc. 
Em suma a escola tem uma infraestrutura que oferece condições para o desenvolvimento das atividades pedagógicas e esportivas, contudo precisa melhorar na acessibilidade, acesso à internet e ter uma sala especifica para biblioteca e que proporcione condições apropriadas para leitura.  

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: UM PROCESSO EM CONSTRUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico- PPP parte da concepção de planejamento participativo, constituindo-se em instrumento de intervenção na realidade escolar, sobretudo porque visa proporcionar a organização do trabalho pedagógico; a utilização dos tempos e espaços escolares; identificar e valorizar, ideais e anseios; e ao mesmo tempo desenha as diretrizes gerais da política escola (BAHIA, 2014), sendo assim o PPP é uma ferramenta importante. No que diz respeito ao PPP da Escola Municipal Marcílio Teixeira, observamos que o mesmo está no processo de construção e, sinaliza que proporcionará uma autonomia a comunidade escolar para que possa refletir, definir e construir coletivamente os pilares de sua trajetória histórico-social.  
Dito isso, a Educação do Campo, através da dinâmica dos movimentos sociais, busca a emancipação dos sujeitos do campo e a construção de uma educação feita a partir dos próprios sujeitos do campo e teorias que deem sustentabilidade para esse projeto. Portanto, rompe com os métodos convencionais e homogêneos de currículo, avaliação e até das relações étnico raciais, enfim sua proposta é voltada para os sujeitos do campo respeitando as suas especificidades. Nesta perspectiva, partindo-se de uma concepção de educação do campo o PPP que se constitui como:
 “Ponto de partida para a implementação de ações que renovem as expectativas de avanço e possível transformação da realidade educacional do campo é pensar numa escola que respeite os desafios culturais e as realidades de todos os sujeitos que fazem parte de cada comunidade [...], na perspectiva de materializar, no cotidiano da escola, um currículo que assegure aos estudantes um percurso formativo digno, diferenciado e contextualizado, considerando a gestão pedagógica e práticas escolares, que muitas vezes necessitam ser redirecionadas na perspectiva de construção metodológica que contemple a concepção da educação, como a alternância, por exemplo, que reestrutura o tempo e espaço escolar, sem prejuízo no tempo pedagógico legal”. (BAHIA, 2015, p. 10)
Por fim, progredir e inovar estão, constantemente, no pensamento dos gestores da escola que almeja um PPP que harmonize e proporcione autonomia a comunidade escolar para que possa refletir, definir e construir coletivamente os pilares de sua trajetória histórico-social. Mais importante do que isso, porém, seria um PPP que reorganizasse todos os valores e questões curriculares afim de contribuir com a comunidade escolar.

 SOBRE O CURRÍCULO...

As teorias de currículo surgiram no início do século XX, segundo Silva (2010, p. 21). A existência de teorias sobre o currículo está identificada com a emergência do campo do currículo como um campo profissional, especializado, de estudos e pesquisa sobre currículo. O currículo passou a ser estudado a partir do momento em que uma grande parcela da população passava a ter acesso à educação escolarizada, neste momento o Estado começou a definir o que iria ser ensinado para manter assim, uma ideologia, uma identidade nacional e até mesmo o domínio de classes. A partir do início dessa teorização do currículo surgiram várias teorias onde as que mais se destaca é a Tradicional, Critica e a Pós-critica.
No ponto de vista tradicional a mesma busca formar um trabalhador especializado, ensinando habilidades básicas, como ler e escrever, para ele poder desenvolver as atividades práticas necessárias as ocupações profissionais, de acordo com Bobbitt a escola deveria funcionar como qualquer outra empresa comercial (apud, Silva, 2010, p. 23).
As teorias Críticas do currículo efetuam uma completa inversão nas teorias tradicionais, que consiste em teorias de aceitação, ajuste e adaptação, ou seja, as teorias críticas são teorias da desconfiança, questionamentos e transformação radical. Para as teorias Críticas o importante não é desenvolver técnicas de como fazer o currículo, mais de desenvolver conceitos que nos permita compreender o que o currículo faz (SILVA, 2010, p. 30).
Já as teorias Pós-criticas ganharam mais evidencia a partir do surgimento do movimento chamado multiculturalismo, onde surgiram vários movimentos ligados a gêneros, raça e etnias onde logo tornou evidente que as relações de desigualdade e de poder na educação, assim de acordo com Silva não podia ficar reduzidas a classe social como é tratada na teoria crítica (2010, p. 99).
Considerando as teorias de currículo apresentadas, compreendemos a função política do currículo e que não é algo neutro. Procurando analisar o currículo de uma forma mais objetiva e prática, percebemos que o debate é de suma importância para organização da ação pedagógica da escola. Nessa perspectiva o currículo é construído permanentemente no dia-a-dia da escola, com a participação, daqueles que atuam diretamente no estabelecimento escolar, como educadores e educandos, mas também pela comunidade escolar. Segundo Veiga o currículo é uma parte importante da organização escolar e integra o projeto político-pedagógico de cada escola. Por isso, ele deve ser pensado e refletido pelos sujeitos em interação “que têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente”. (Apud MATOS, 2012).
            Na análise da Matriz curricular da Escola Municipal Marcilio Teixeira, observamos, que além da Base Nacional Curricular Comum - BNCC a escola tem uma grade diversificada de disciplina que busca instigar as habilidades dos alunos no desenvolvimento de textos e na comunicação. Além destes componentes, segundo a escola tem as disciplinas de Filosofia e Sociologia que buscam desenvolver uma consciência crítica nos estudantes para que compreenda a realidade de onde estão inseridos e tenham um questionamento crítico sobre a realidade política e social. Nos Quadro 5 e 6 observa-se as disciplinas da BNCC e a parte diversificada.

Quadro 6: Matriz curricular do 6º, 7º, 8º e 9º ano do ensino fundamental (anos finais) da Escola Municipal Marcilio Teixeira, ano de 2016.
Base comum
6º Ano
7º Ano
8º Ano
9º Ano
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
HISTÓRIA
HISTÓRIA
HISTÓRIA
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA
CIÊNCIAS
CIÊNCIAS
CIÊNCIAS
CIÊNCIAS
ED. FÍSICA
ED. FÍSICA
ED. FÍSICA
ED. FÍSICA
ARTES
ARTES
ARTES
ARTES
INGLÊS
INGLÊS
INGLÊS
INGLÊS
P.D.*
LIN. COMUNICAÇÃO
LIN. COMUNICAÇÃO
LIN. COMUNICAÇÃO
LIN. COMUNICAÇÃO
Fonte: Dados obtidos na secretaria da Escola Municipal Marcilio Teixeira, 2016.
 *Parte diversificada

Quadro 7: Matriz curricular do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio Profissionalizante da Escola Municipal Marcilio Teixeira, ano de 2016.
Base comum
1º Ano
2º Ano
3º Ano
L. Port. L. Bras.
L. Port. L. Bras.
L. Port. L. Bras.
Matemática
Matemática
Matemática
Química
Química
Química
Física
Física
Física
História
História
História
Geografia
Geografia
Geografia
Biologia
Biologia
Biologia
Ed. Física
Ed. Física
Ed. Física
Artes


Inglês
Inglês
Inglês
Filosofia
Filosofia
Filosofia
Sociologia
Sociologia
Sociologia
P. D.*
Redação
Redação
Redação
Fonte: Dados obtidos na secretaria da Escola Municipal Marcilio Teixeira, 2016.
*Parte diversificada

Fazendo uma análise a partir da concepção de Educação do Campo a escola não adota livros didáticos voltados a trabalhar a realidade dos alunos, contextualizando às temáticas do campo. Questionado sobre o assunto o professor A[4] diz que:
“Geralmente não temos oportunidades de escolha do livro, já que a secretária de educação, embora disponibilize várias opções de coleções, no entanto acaba fechando acordo com determinadas editoras, conforme critério que desconheço, e muitas vezes adota livros que não aqueles que sugerimos. No momento os livros adotados na escola não correspondem a este requisito” (2016).
Ainda segundo o professor A, os conteúdos trabalhados em sala de aula não são contextualizados à realidade do campo e dos seus sujeitos, de acordo com ele o livro didático é a única opção na abordagem dos conteúdos, e o mesmo não corresponde com essa contextualização.
Na perspectiva de conteúdos relacionados a cultura local a escola trabalha de forma isolada, de forma mais acentuada pelas disciplinas de Geografia, História, Ciência e Língua Portuguesa, porém não há uma sistematização curricular ou proposta pedagógica nesse sentido.
A escola trabalha com alguns projetos, a maioria relacionados com a cultura popular, a exemplo de festas juninas onde a escola tem o projeto “Arraiá do Marcílio”, além de ser um evento festivo a escola trata de assuntos relacionadas à cultura locais desmistificando os estereótipos sobre a cultura camponesa. A escola tem parceria com o Instituto de Formação Cidadã São Francisco de Assis-ISFA, onde faz apresentações culturais em eventos da escola com o grupo de Reisado e Mulinha-de-Ouro, reforçando a importância da cultura local.
Além dos citados projetos a escola atua através de vários programas: Programa Dinheiro Direto na Escola-PDDE, Mais Educação, Ensino Médio inovador, Mais Cultura nas Escolas, Atleta na Escola e Programa Institucional de Iniciação à Docência para Diversidade-PIBID. O PDDE consiste na assistência financeira às escolas públicas da educação básica. O objetivo desses recursos é a melhoria da infraestrutura física e pedagógica, o reforço da autogestão escolar e a elevação dos índices de desempenho da educação básica. Os recursos do programa são transferidos de acordo com o número de alunos, de acordo com o censo escolar do ano anterior ao do repasse. O Programa Mais Educação permite a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da Educação Integral. Os projetos de reestruturação curricular possibilitam o desenvolvimento de atividades integradoras que articulam as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia, contemplando as diversas áreas do conhecimento a partir de 8 macro campos:  Acompanhamento Pedagógico; Iniciação Científica e Pesquisa; Cultura Corporal; Cultura e Artes; Comunicação e uso de Mídias; Cultura Digital; Participação Estudantil e Leitura e Letramento. O programa Atleta na Escola tem como objetivo incentivar a prática esportiva nas escolas, democratizar o acesso ao esporte, desenvolver e difundir valores olímpicos e paraolímpicos entre estudantes da educação básica, estimular a formação do atleta escolar e identificar e orientar jovens talentos. O PIBID é um programa desenvolvido em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB, tem o objetivo de promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.

RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

As relações Étnico-Raciais é uma temática muito importante e que também deve ser contemplado no currículo. No ano de 2003 passa a vigorar a lei 10639, onde estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira”, no artigo 26-A, define que “nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira” (BRASIL). Ainda nos incisos 1º e 2º institui que:
§ 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2º os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
De acordo com as diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana “a reeducação das relações entre negros e brancos, dependem, ainda de um trabalho conjunto de articulação entre processos educativos escolares, políticas públicas, movimentos sociais, visto que as mudanças éticas, culturais, pedagógicas e política nas relações étnico-raciais não se limita a escola” (p. 13).
Na escola pesquisada de acordo com o professor A “a questão étnica-racial, diversidade de gênero, pluralidade cultural, cidadania, sexualidade, [...], e temas transversais são tratadas de formas isoladas por professores e suas respectivas disciplinas, porém não há uma sistematização curricular ou proposta pedagógica neste sentido”.
Portanto nota-se a urgência de um debate mais aprofundado sobre esta temática dentro da escola, vale ressaltar a importância deste debate para a desconstrução dos preconceitos raciais, enfim, este é tema que deve ser tratado por toda comunidade escolar e não isoladamente por alguns professores.

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR 

A avaliação é um instrumento que deve ser amplamente discutido e aperfeiçoado no ambiente escolar, de forma que contribua para formar o indivíduo, respeitando suas diferenças e individualidades para que ele seja capaz de resolver os conflitos encontrados no dia-a-dia. Segundo Luckesi (1996) a avaliação da aprendizagem é um ato amoroso, no sentido de que a avaliação, por si só é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. Silva também fala que é necessário entender que a avaliação enquanto a possibilidade de vir a ser ou fazer um outro de si mesmo, a construção de cada um do coletivo como diferentes, saudáveis, alegres e cidadãos (2010. p. 21-25).
Na concepção de Lukesi a avalição é em um ato qualitativo, deve ser feita de forma diagnostica e processual, assim acontece no decorrer de todo o processo ensino aprendizagem dos discentes. Nessa dimensão ela exige um maior comprometimento por parte do professor e maior envolvimento por parte do educando, consequentemente contribui para a construção e maior compreensão do conhecimento proposto. Lukesi (1997) considera:
“A avaliação da aprendizagem nesse contexto é um ato amoroso, na medida em que incluem o educando no seu curso de aprendizagem, cada vez com qualidade mais satisfatória, assim como na medida em que o inclui entre os bem-sucedidos, devido ao fato de que esse sucesso foi construído ao longo do processo de ensino-aprendizagem (o sucesso não vem de graça). A construção, para efetivamente ser construção, necessita incluir, seja do ponto de vista individual, integrando a aprendizagem e o desenvolvimento do educando, seja do ponto de vista coletivo, integrando o educando num grupo de iguais, o todo da sociedade (LUCKESI. 1997, p.175).
 Para que os alunos possam alcançar os objetivos desejados e para conhecer os resultados e os processos de aprendizagem dos alunos e melhorar a qualidade do ensino, é preciso conhecer e poder avaliar a partir da intervenção pedagógica dos professores, de modo que a ação avaliadora observe simultaneamente os processos individuais e coletivos dos estudantes.
 Analisando os planos de curso da escola percebe-se que a mesma não tem uma concepção de avaliação definida, portanto, cada professor adota uma forma de avaliação que lhe seja mais peculiar ou adequada à sua disciplina. Observando os planos de curso dos professores notamos que os processos avaliativos mais comuns são: atividades em grupo, trabalho de pesquisa, lista de exercícios, participação na sala de aula, participação individual e coletiva nas atividades em sala de aula, auto avaliação, avaliação processual e continua, teste e prova escrita individual. As avaliações ocorrem bimestralmente, de acordo com as unidades previstas no calendário da Secretaria de Educação do município.
O conjunto de avaliação realizada permiti que cada aluno atinjam os objetivos previstos em determinado disciplina. Afim de validar as habilidades alcançadas, conhecer a situação de cada aluno e poder tomar as medidas educativas pertinentes. Isso requer, por um lado, apurar os resultados obtidos isso implicara em analisar o processo e a progressão que cada educando seguiu, com vistas continuar sua formação levando em conta suas particularidades específicas.
Além desses processos de avaliação interno, a escola é avaliada por outros organismos externos como o IDEB e a Prova Brasil, que segundo Libâneo (2012) estes instrumentos “pautam-se por critérios qualitativos, praticamente desconsiderando o modelo de avaliação que leva em conta fatores sociais, culturais e econômicos”. 
Considerando esses dados para fazer uma análise da “evolução” do ensino na escola podemos observar que no período de 2009 a 2013 a escola teve um progresso gradativo saindo de 1,7 a 2,0 e 2,3 respectivamente, vale lembrar que durante todo esse período a escola esteve com a nota acima da meta prevista, já no ano de 2015 teve um recuo de 2,3 para 2,2, ficando abaixo da meta prevista pelo INEP.

Gráfico 2. Resultados e metas do IDEB 2013, 9º ano da Escola Municipal Marcilio Teixeira.
Fonte: adaptado do site do IDEB.

Propõe-se que a educação dos alunos seja praticada de forma a proporcionar qualidade aos resultados da aprendizagem, decisão que direcione o aprendizado e, respectivamente o desenvolvimento do educando. Por fim, é importante que tanto a prática educativa como a avaliação sejam direcionadas a partir de referenciais teóricos, para que se tornem um instrumento significativo em prol do desenvolvimento do discente.

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

A leitura e a produção de texto são atividades importantes no processo ensino/aprendizagem, de apropriação dos conteúdos trabalhados, além de formar habilidades ao longo da vida dos discentes. Segundo Freire a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele, ou seja, para ele a leitura da palavra e de mundo são interligadas e que esta é fundamental na formação de cidadãos críticos, tornando-os capazes de compreender a realidade do mundo que os cercam. Ainda segundo Freire (1989) a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por uma certa forma de “escrevê-lo” ou de “reescreve-lo”, quer dizer, de transforma-lo através de nossa prática consciente (p. 13)
Na escola EMMT além da Língua Portuguesa é ofertado outros componentes curriculares específicos para a leitura e produção de texto, nos anos finais do ensino fundamental tem o componente denominado de Linguagem e comunicação, já no Ensino Médio tem o componente Redação. Segundo o professor B na disciplina de Língua Portuguesa é oferecida aos discentes em dias alternados com as atividades de leitura e produção de texto.  
Nas observações das aulas e entrevistas com a professor B notou-se que a compreensão textual e a produção de texto são trabalhadas através de atividades como leitura de textos literários ou não literários contidos em livros, anúncios de jornais, revistas e crônicas. Percebemos também que os conhecimentos de mundo dos alunos são considerados no decorrer destas atividades em sala de aula, pois, os alunos são incentivados a expor o que eles já sabem sobre os temas antes da exposição do tema na aula e/ou textos. Ainda segundo o professor B dessa forma os alunos são automaticamente impulsionados para dentro do texto a ser discutido/trabalhado, expondo os seus conhecimentos prévios e de mundo.
Por fim diante do que foi observado notamos que a prática da leitura e produção de texto amplia os horizontes do educando permitindo ampliar a sua visão crítica de mundo.

CONCLUSÃO

A escola está localizada na zona rural, a sua metodologia e didática é de escola urbana, isso demonstra que ainda há um grande caminho a ser traçado em busca da emancipação dos povos do campo.  Consideramos que é importante a EMMT realizar um trabalho pedagógico com ênfase na contextualização com a realidade dos alunos, ou seja, tem que se adequar as concepções e princípios da Educação do Campo.
A instituição tem uma estrutura relativamente satisfatória, que possibilita o desenvolvimento das práticas pedagógicas, entretanto, precisa de uma adaptação às necessidades de deficientes, para promover assim uma maior integração e acessibilidade aos estudantes com necessidades especiais. Em relação aos professores a escola tem um bom quadro de profissionais, todos concursados e licenciados na sua maioria, porém, nota-se a necessidade de uma formação especifica para atuarem na perspectiva da Educação do Campo.
 A falta do PPP é um dos problemas que a escola enfrenta, visto que este é o documento que dá a identidade para escola, onde se define a base epistemológica, o currículo, os métodos de avaliação em fim todos os princípios que ela vai seguir.
A escola participa de vários programas como o PDDE, Programa Mais Educação, Ensino Médio inovador, Mais Cultura nas Escolas, Atleta na Escola e Programa Institucional de Iniciação à Docência para Diversidade-PIBID. O PDDE permite que a escola tem uma certa autonomia no gerenciamento dos recursos.
As formas de avaliação são teoricamente muito boas, como ilustramos no eixo anterior, porém são definidas por cada professor, avaliar é uma ferramenta que deve ser amplamente discutida e aperfeiçoada no âmbito escolar, de forma que contribua positivamente para a formação do discente.
Estes relatos nos fizeram compreender, que toda e qualquer instituição escolar, promove e eternizar-se à sua própria memória por várias gerações, que revelam as características educacionais, culturais e sociais da escola e do entorno.

Abimael Santos Matos, José Francisco Souza de Azevedo e Silvino Macedo Lopes

REFERÊNCIAS

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B, Professor. Entrevista II. [ago. 2016]. Entrevistadores: José Francisco S. de Azevedo, Silvino M. Lopes. Manoel Vitorino, 2016.1 questionário com 3 perguntas. As respostas encontram-se transcritas no apêndice 2 deste relato de experiência.
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