quarta-feira, 19 de setembro de 2018

HISTÓRIA DO INCHÚ

Décima publicação da série "A História Local e o Meu Lugar na História" traz a história da comunidade do Inchú. Pesquisa desenvolvida por estudantes do terceiro do ensino médio da Escola Marcílio Teixeira, moradores da respectiva comunidade.


Anderson Almeida
Lucinete Maria dos Santos
Jaqueline de Jesus Gouveia
Rogaciano Xavier Porto Neto


A comunidade do Inchú foi fundada a mais de 150 anos atrás. Os primeiros cincos moradores que começaram a viver neste lugar eram viajantes. O nome Inchú tem origem por conta da comunidade está localizada em uma região com muitos maribondos. As primeiras casas eram feitas de taipa e cobertas de palhas de coqueiro. O meio de sobrevivência era o pó de palha e mel de abelha e planta de milho, feijão de corda e criação de pequenos animais. O tempo foi passando outras famílias como começaram a chegar como: Avelino José dias, Jovelino Frederico, Dilau, Manoel Beleza, Joaquim Torquato foram chegando e construindo as suas casas no lugarejo. Conta Dona Almerinda com 92 anos que a vida de antigamente era muito difícil a luz era de candeeiro de cera de mamona ou de cera de abelha, a água que bebiam era de cacimba tinha que ficar esperando minar para água encher suas vazilhas.
Imagem: Mapa da comunidade do Inchú, Manoel Vitorino, Bahia.
Imagem: arquivo do estágio

Segundo Otacílio José Dias com 78 anos, no ano de 1978 houve uma seca muito grande perderam toda a lavoura as criações morreram de fome e sede, foi um ano muito difícil. Os pais passavam necessidade para conseguir alimento para os filhos. Os pais saiam a procura de trabalho e trocavam o trabalho por feijão e farinha.
Senhor Everaldo Cascais que no ano 1960 houve uma enchente muito forte no qual encheram todos os rios, foram levadas cercas foi muito medo por parte dos moradores, as casas eram muito simples e começaram a ceder às paredes, os alimentos começaram a faltar e não tinha como comprar porque não passava nos rios. Foi feito pontes de pau e amarravam cordas para conseguir atravessar. Numa entrevista com Dona Angelina de Carvalho com 77 anos de idade que seu esposo saia para trabalhar e não tinha notícias por que o meio de comunicação era só através de cartas.
Com o passar dos anos a comunidade foi mudando no ano de 1998 foi beneficiada com a chegada da energia elétrica junto com ela foi chegando os televisores e outros elétricos eletrônicos. Outra conquista importante foi à construção do colégio. Antigamente as crianças e jovens estudavam em uma casa dos familiares, só dava pra aprender o básico. Na sequencias a construção da igreja.
Os avanços não pararam por aí, no ano de 2003 fomos beneficiados com obras que foram realizadas para o desenvolvimento e sustentabilidade da comunidade foram construídas cisternas para captar água da chuva. A construção do sistema de abastecimento de água encanado do poço artesiano.
Os avanços tecnológicos chegaram até aos meios rurais e a população do Inchú foi contemplada com a internet. Onde o meio de comunicação tornou-se mais fácil.
Os festejos culturais no passado eram bailes ao som de sanfonas que eram realizadas nas residências em casamentos e outras datas festivas também tinham as tradições da folia de reis que eram realizadas sempre no início do ano. Os eventos culturais sofreram algumas mudanças. Hoje as festas são realizadas nas praças ao som de bandas tocando ao vivo. São realizadas festas juninas com quadrilhas formadas por jovens.  Acontece também o forró da família que é realizado todo do mês de junho na praça, cavalgada, festa de São Joao Batista. Aos finais de semana jovens e adultos se reúnem no campo de futebol para jogar.


As histórias fazem parte das atividades de pesquisas feita pelos estudantes do terceiro ano do ensino médio, turma 2018, promovido por estudantes da Licenciatura em Educação do Campo através do  estágio intitulado de “A História Local e o Meu Lugar na História”, que teve por intencionalidade unir os conhecimentos elaborados na educação formal e não formal através das pesquisas sobre a história local, da comunidade de cada estudante, buscando estimular a curiosidade, abordando de forma interdisciplinar temas como formação territorial, cartografia e história local.

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